Os desafios do Brasil em 2020 : a educação

 

Escola em Brejo Santo, no Ceará.

source: Escola em Brejo Santo, no Ceará. ANA CAROLINA CORTEZ

A equipe de Tiradentes-geografia optou por apresentar e enriquecer um artigo da BBC que busca definir os desafios do Brasil para 2019, agrupados em cinco categorias. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46431115

Este artigo, o primeiro da série, vai focar os desafios da educação no Brasil.

A educação parece ser um grande desafio para o futuro do país.
Como S. Souchaud nos lembra que « a demanda por educação no Brasil está intimamente ligada às transições urbanas, democráticas e demográficas ». A queda na fertilidade levou a uma demanda generalizada por educação. Isto levou a um aumento quase mecânico do nível de educação, do qual a economia tem se beneficiado de diferentes formas através de ganhos de produtividade ou crescimento do consumo interno, como resultado da melhoria dos níveis salariais ». (Souchaud, 2018, p88). Na verdade, a duração média da escolaridade aumentou de 5,8 para 8,2 anos entre 1992 e 2009 (op.cit.). No entanto, a melhoria do sistema escolar e universitário brasileiro parece ser um grande projeto para o Brasil hoje e amanhã no caminho do surgimento.

No ranking PISA, o Brasil ocupa um glorioso 63º lugar, enquanto seus vizinhos Argentina, Chile e Colômbia ocupam o 36º, 44º e 56º lugar, respectivamente.
Somente o Peru e a República Dominicana estão classificados abaixo…A pontuação matemática do Peru é significativamente maior do que a do Brasil. No entanto, como nos lembra o site britânico, o gasto com educação, a 6% do PIB, é ligeiramente superior ao da OCDE (5,3%). As despesas da França foram de 5,6% em 2015 (Nota do editor). (https://data.oecd.org/fr/eduresource/depenses-publiques-d-education.htm). É verdade que o analfabetismo foi praticamente erradicado desde os anos 80 (a taxa de alfabetização de adultos é de 92%, enquanto no Marrocos é de apenas 68%, que tem as reivindicações dos países emergentes), mas a qualidade da educação pública é fortemente criticada. Fenômeno onipresente que começa a afetar a França, a profissão docente é pouco valorizada e pouco atrativa. O salário é um dos mais baixos da OCDE. (https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/salario-minimo-pago-ao-professor-no-brasil-um-dos-piores-do-mundo-23056381). O treinamento dos professores é inadequado e muitas vezes não atende nem às expectativas dos alunos nem às exigências do minuto. A tecnologia não está suficientemente presente nas escolas, mas tem a dupla virtude de cativar os alunos e prepará-los para o mundo do trabalho.

Nos últimos vinte anos, o Brasil aumentou consideravelmente o número de crianças na escola, mas esta melhoria quantitativa, embora fundamental, não foi reestruturada qualitativamente em termos pedagógicos e espaciais. O verdadeiro progresso, talvez o mais importante nos caminhos erráticos do desenvolvimento, tem sido feito na « educação básica », que corresponde ao ensino primário e secundário inferior na França (Nota do editor). Por outro lado, o ensino médio continua sendo a pedra de tropeço do sistema educacional brasileiro. Nenhum Estado atingiu os objetivos governamentais definidos por um Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) apropriado. Um dos maiores desafios, que também é medido em menor escala na França, é a falta de garantias de aquisição de conhecimentos e habilidades básicas no final do ciclo de educação básica. A falta de domínio desta fundação aumenta a ocorrência de repetição e desistência, um grande problema no Brasil e em muitos países do Sul. Ainda com muita freqüência, o final do ciclo básico aparece como um gargalo (« grande gargalo » no texto da BBC, op.cit.).

Finalmente, enquanto o ensino superior está em expansão, ele ainda fica atrás de outros países da OCDE. 12% das crianças de 25-64 anos têm nível de educação superior. Isto é quase três vezes menos do que no resto da OCDE (OCDE, 2014). No entanto, em 20 anos, o progresso tem sido significativo. O paradoxo brasileiro é que as universidades são livres e de muito bom nível, mas só são integradas após passarem por um exame muito seletivo, o vestibular. As escolas particulares se preparam melhor para esta competição. Das 100 escolas que obtiveram os melhores resultados no exame equivalente ao bac francês, 97 eram particulares. (https://g1.globo.com/educacao/noticia/das-100-escolas-com-maior-nota-media-no-enem-2015-97-sao-privadas.ghtml). Isto criou um apelo à criação de uma rede universitária privada, que o Estado brasileiro incentivou mais ou menos diretamente, distribuindo numerosas bolsas de estudos superiores às famílias mais modestas através do programa « Universidade para Todos » (Souchaud, op.cit.). Graças a um ambiente que incentiva o ensino superior, o número de laureados

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