Este texto está traduzido do artigo do site reporterbrasil.org.br
« Nespresso e Starbucks compraram café de fazenda flagrada com trabalho escravo »
Após a publicação da lista negra do « trabalho escravo », que inclui os produtores de café do Triângulo Mineiro, as multinacionais Starbucks e Nespresso anunciaram que iriam investigar e suspender as relações comerciais com as fazendas que lhes fornecem o café rotulado como « sustentável ».
(Foto: Lilo Clareto/Repórter Brasil)
A decisão das duas multinacionais segue-se à publicação do registo dos empregadores apanhados no acto de trabalharem como escravos dos tempos modernos, que inclui 48 novos nomes. Entre eles está o produtor de café Helvécio Sebastião Batista, certificado pelos rótulos de qualidade Nespresso e Starbucks. « Tendo em conta os elementos condenatórios do último relatório do Ministério do Trabalho, suspendemos imediatamente todas as relações comerciais com o produtor em questão e vamos investigar o caso », diz uma nota enviada pela Nespresso. « As fazendas que fornecem café para a empresa são rigorosamente avaliadas e monitoradas a cada ano para garantir o cumprimento da rigorosa carta do programa. Não aceitamos situações em contrário, sem excepção », disse o representante da empresa.
Hoje em dia, é relevante perguntar sobre as certificações « faitrade » « Max Haavelar » « Rain Forest » ou rótulos como « FSC ». Os organismos de certificação têm frequências de controlo suficientes? A procura de produtos certificados pode realmente ser satisfeita por organismos sérios? Finalmente, não será sensato reconsiderar os nossos padrões de consumo: a crescente procura de café e de cacau, mesmo certificada, não corre o risco de danificar os ilhéus residuais das florestas primárias?